NOVIDADES

Acompanhe as novidades relacionadas à III Semana de Gênero e Sexualidade(s) da Universidade Federal de São Paulo através das postagens de nosso blog, abaixo. Para conhecer o evento, saber como participar ou se inscrever nos mini cursos ou atividades culturais acesse as páginas do menu à esquerda.

MAPÔ


O MAPÔ – Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Sexualidades é um grupo totalmente formado por alunos da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo, campus Guarulhos. A interdisciplinaridade é uma das nossas características mais fortes. Colocamos em diálogo os temas relacionados ao estudo dos gêneros, da raça como constructo social e das sexualidades de modo amplo e diverso. Fomentamos o desenvolvimento de atividades como palestras e mesas-redondas, grupo de estudo e pesquisa, projetos de extensão, atividades culturais além de organizar, anualmente, a Semana de Gênero e Sexualidade(s), um dos maiores eventos da UNIFESP. Além de organizar eventos no âmbito acadêmico, procuramos atuar socialmente, combatendo a discriminação, a violência, o abuso de poder, o machismo entre tantas outras formas de opressão às minorias sociais.
Assim, podemos fazer a nós mesmos as perguntas: O que é ser MAPÔ? É ser mulher? É ser gay? É ser negro? É ser afeminado, umbandista, feminista, não ter posição? É estar à margem?
Quando o grupo foi criado, oficialmente MAPÔ – Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero, Raça e Sexualidade, já existia uma movimentação de alun@s dos cursos da Unifesp de Guarulhos em se manifestar e criar visibilidade para alguns temas importantes e que faziam parte do cotidiano acadêmico e social do campus Pimentas: misoginia, homofobia, racismo. Mas isso por que estamos num campus de 'periferia', mais distante dos centros urbanos ou por que somos um campus de Humanidades e esses temas nos parecem mais sensíveis? Talvez um e outro, mas mais do que isso, porque são temas que afligem o cotidiano de vários grupos sociais e indivíduos nas mais diversas localidades.
É inegável a imensa quantidade de informações, ações e reações a que somos obrigad@s a receber e conviver diariamente e que buscam desqualificar certos grupos sociais, alguns em específico, como negros, mulheres e homossexuais. E, muita vezes, todos esses marcadores de diferenciação social são acionados conjuntamente, operando em todo um processo de discriminação e rebaixamento.
Já diria Foucault, não com essas palavras e nem sobre esses temas necessariamente: o alvo da discriminação é sempre o tema sobre o qual mais se produz informações, discursos e formas de poder autorizado. E é também sobre o qual há mais meios de entradas de contra-poderes, questionamentos e novas produções de saberes. Por isso somos MAPÔ, para tomarmos espaço num debate que muitas vezes nega este mesmo espaço, seja na sociedade, seja no meio acadêmico.
O nome do grupo já diz a que veio. Pra quem não sabe, MAPÔ é uma corruptela de amapô ou amapoa, palavras de origem iourubá que significam mulher e foram re-apropriadas por diversos grupos homossexuais masculinos a partir de proximidades com religiões afro no pajubá, o dialeto de gírias gays. Ou seja, é uma palavra que engloba aspectos afro, de feminilidades e sexualidades, com o viés de estar relacionado a grupos discriminados socialmente. É também uma palavra curta, forte.
Antes de adotarmos esse nome, respondíamos como “Ciclo de Debates” e promovíamos mensalmente um evento com algum professor convidado para debater algum destes temas (gênero, raça, sexualidade); além disso, criamos a Semana de Gênero e Sexualidade(s) da Unifesp.
Em 2011 seguimos realizando os ciclos e aumentamos a Semana de Gênero e Sexualidade(s), abordando em especial o tema do aborto, vértice de contradição nas eleições de 2010 e que ajudou a cristalizar posições políticas inesperadas em nível nacional. 2011 também foi um ano especial por termos tido a presença de pesquisas de alunos, de maior número de apresentações, de palestras de pesquisadores estrangeiros e da presença ilustre do cartunista Laerte Coutinho; foram totalizadas 24 horas de atividades, entre mostra de filmes, Comunicações Orais, Mesas Redondas, e cerca de 200 participantes diários. Isso só mostrou o quanto ainda temos pra crescer e o desafio que temos pela frente.
Estamos em processo de tornar o grupo, formado exclusivamente por alunos do campus, oficializado academicamente a fim de tocarmos projetos temáticos vinculados à vizinhança dos Pimentas. Além disso, pretendemos criar outros eventos e seguir com os Ciclos e a Semana de Gênero e Sexualidade(s), no segundo semestre de cada ano, criação de um periódico mensal e de um grupo de estudos. E como ninguém é de ferro, realizar as festas mais bafônicas da Unifesp!
Hoje somos 1 aluno de pós-graduação e cerca de 10 alunos de graduação fixos, sem contar outr@s colaboradores, sempre bem-vind@s.
Entre em contato conosco, mande uma mensagem, veja o que já temos feito. Você é bem-vind@ sempre! Acompanhe no site nossa programação aberta e participe de nossas reuniões!

Um beijo pra quem é MAPÔ!

Contato: unifespmapo@gmail.com

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